Que possamos colher bons frutos em 2016
Levantar cedo todos os dias, pegar a enxada e ir ao encontro da terra… Homem do campo é feliz assim! Sai cantarolando, bem antes do nascer do sol, com a alegria de quem vai colher tudo o que cultivou com tanto amor.
Depois de um dia de muito trabalho é hora de voltar pra casa, feliz por ver que a terra tão generosa rendeu bons frutos. Os filhos correm para encontrá-lo no caminho, recompensa que vem acompanhada de broa de milho e café quentinho.
Assim, passam-se os dias e então chegamos ao fim de mais um ano. Muito trabalho, muita luta e cansaço, mas também muita satisfação. Nos despedimos de 2015 esperando que 2016 seja solo fértil para novos projetos e novas alegrias!
Feliz Ano Novo! 😉
AG Minas apóia leilões da Expoagro 2015
Começa mais uma edição da tradicional Exposição Agropecuária de Governador Valadares. Em meio aos shows das maiores vozes representantes da música sertaneja, como Leonardo, Eduardo Costa e a dupla Jorge & Mateus, uma atração do evento pode ser considerado um “show a parte”, literalmente.
Entre a seriedade do agronegócio, muita diversão pra descontrair os investidores em gado. A AG Minas Sementes está apoiando dois destes eventos, o Mega Leilão do Corte no dia 12 de julho, domingo, que será realizado ao meio dia no Tatersal Cantidio Ferreira da Silva e o 101º Leilão Integração, às 19h, no mesmo local onde acontecerá o leilão anterior.
Durante o período da Expoagro, a AG Minas oferecerá condições especiais aos clientes. Confira o cronograma completo dos leilões:
11/07 – Sábado 19h Tatersal Cantidio Ferreira da Silva
12º Leilão Haras Toledo – Promoção: Minas Leilões
12/07 – Domingo 12h Tatersal Cantidio Ferreira da Silva
Mega Leilão de Corte – Promoção: GMA Leilões
14/07 – Terça 19h Tatersal Cantidio Ferreira da Silva
2º Leilão Encontro das Raças Leiteiras – Promoção: Minas Leilões
15/07 – Quarta 19h Tatersal Cantidio Ferreira da Silva
6º leilão Girolando dos Vales – Promoção: Núcleo de Criadores de Gir Leiteiro e Girolando dos Vales
16/07 – Quinta 19h Tatersal Cantidio Ferreira da Silva
101º Leilão de Integração – Promoção: GMA Leilões
17/07 – Sexta 20h Tatersal Cantidio Ferreira da Silva
Leilão Gir Leiteiro dos Vales – Promoção: Núcleo do Gir
17/07 – Sexta 19h Tatersal Saul Vilela
Leilão Sela e Serviço – Promoção: Minas Leilões
18/07 – Sábado 12h Tatersal Cantidio Ferreira da Silva
20º Leilão Guzolando Taboquinha e Convidados – Promoção: Minas Leilões
18//07 – Sábado 12h Tatersal Saul Vilela
1º Leilão Guzerá Marcas do Vales – Promoção: Associação dos Criadores de Guzerá do Leste
19/07 – Domingo 14h Tatersal Cantidio Ferreira da Silva
19º Leilão Excelência do Corte – Promoção: Sindicato Rural de Governador Valadares
19/07 – Domingo 16h Galpão da cooperativa
4º Leilão Maravilhas do Leite – Promoção: Sindicato Rural de Governador Valadares
Como conservar as sementes
Recomendações técnicas da AG Minas Sementes
Olá, leitor do blog da AG Minas. Você sabe a importância da armazenagem correta das sementes? Conversamos com o engenheiro agrônomo Vitor Marçal Cunha que esclareceu pra gente essas e outras dúvidas que você pode conferir agora.
- As suas sementes devem ser armazenadas em locais secos e ventilados, de acordo com as normas de espaço entre os lotes e emblocamento sobre estrados. Isso facilita a circulação do ar, evitando o excesso de umidade, além disso, guardar as sementes em embalagens corretas faz com que elas fiquem protegidas de altas temperaturas durante o transporte.
- Faça amostragem de solo e análise, seguindo a recomendação de calagem e adubação quando houver necessidade de aplicar esses insumos, isso deixará o solo apto pra um bom plantio.
- Incorpore a matéria orgânica no solo, aguarde um prazo de decomposição do material, para evitar a fermentação em contato com a semente, o que compromete a germinação. Nesse caso, utilize a matéria orgânica mais “curtida”, isso diminui o risco de danos às sementes. Após este período, nivele o terreno e efetue o plantio.
- Prepare bem o solo e deixe-o em condições ideais de nivelamento para receber as sementes de modo que haja uma uniformidade durante a semeadura e na germinação das sementes.
- Plante no período chuvoso. Isso evitará o risco com veranicos – períodos de estiagem durante a estação chuvosa. Após as primeiras chuvas, ocorre a germinação das sementes, porém, devido a alguma alteração climática, a chuva para e demora alguns dias (em alguns casos, até mesmo semanas!) para chover novamente, isso pode fazer com que aquele semente que havia germinado seja comprometida pela falta d’água.
- Ao plantar gramíneas, posicione as sementes no máximo a 2 cm de profundidade, isso facilita a germinação e faz com que tenha uma uniformidade melhor.
- Recomendamos fazer uma leve compactação no solo após o plantio / semeadura, afim de garantir uma melhor fixação da semente no solo, dessa forma caso ocorra uma chuva mais forte as sementes não sejam desenterradas ou lavadas.
Esperamos que as dicas lhes tenham sido úteis. Até o próximo!
[Esse artigo foi construído sob a orientação do engenheiro agrônomo Vitor Marçal Cunha]
Inverno à vista: é hora de ficar atento às plantações
As águas de março já fecharam o verão, mas será que o tempo mais ameno interfere nas plantações? Conversamos com o engenheiro agrônomo Vitor Marçal Cunha, que nos explicou que a resposta para essa pergunta depende de diversos fatores, como região, tipo de solo, o que o agricultor deseja plantar ou preservar e qual a finalidade do plantio (se é uma horta para consumo caseiro ou uma plantação para fins comerciais). Confira a entrevista:
AG Minas – Com a chegada do frio e, consequentemente o tempo mais seco, as plantações ficam prejudicadas?
Vitor – Em grandes plantações, algumas culturas podem ser afetadas sim. Mais pela seca do que pelo frio por vivermos em um país tropical onde não há um inverno tão rigoroso na maior parte do território nacional. Por outro lado, o inverno é uma boa estação para o plantio de hortaliças, principalmente em hortas, jardineiras e vasos. Por ser um período de temperaturas mais amenas e escassez de fortes chuvas fica mais fácil conduzir a horta sem tanta influência climática. Nessa época também há uma diminuição nas pragas e uma menor infestação de ervas daninhas.
AG Minas – Quais as dicas para preservar aquela plantação que sobrevive melhor no verão?
Vitor – No caso das hortaliças, o mais importante é que a horta seja feita onde haja sol durante a maior parte do dia. Uma boa opção são as jardineiras e vasos, pois podem ser deslocados durante o dia para um melhor aproveitamento da incidência solar. Por se tratar de um período mais seco, deve se regar a horta todos os dias, mais sem exagero para evitar que o solo fique muito encharcado oque poderá trazer problemas.
AG Minas – Há o risco de perder o plantio caso não haja cuidados específicos nessa época do ano?
Vitor – Sim, há risco de perda. A falta de água pode levar a queda na produtividade e até a perca total do plantio, isso em qualquer época do ano. Em regiões do país onde o inverno é mais rigoroso, podendo ocorrer geadas, uma alternativa é fazer as hortas em estufas de plastico ou vidro, que protegem as hortaliças das temperaturas muito baixas e do contato com o gelo.
Esperamos que as dicas sejam úteis, continuem acompanhando nosso blog. Até o próximo post!
Expressões do homem do campo
O post de hoje vai especialmente para aquelas pessoas que não estão habituadas com o dia-a-dia no campo. Você sabe explicar do que se trata uma “roçagem”, por exemplo? Se a resposta for NÃO, parabéns! Você acessou a página certa da web. Confira algumas expressões selecionadas pelo Blog da AG Minas:
- Topografia: estuda todos os acidentes geográficos e define sua localização na terra. A topografia influencia diretamente na drenagem das águas e na temperatura ambiente.
- Lavração: é a mobilização total do solo, e a profundidade em que é feita depende do tipo de solo e dos trabalhos nele executados anteriormente.
- Gradagem: nivelamento do terreno que permite uma distribuição uniforme dos adubos facilitando assim, a demarcação das covas para o plantio.
- Calagem: correção da acidez do sono, elevando o pH e neutralizando os efeitos tóxicos para que haja um melhor aproveitamento dos nutrientes.
- Adubação de correção: como o próprio nome diz, é uma correção das possíveis carências nutricionais do solo. Ou seja, recomposição da terra com nutrientes necessários para o crescimento da pastagem.
- Adubação de manutenção: tem a finalidade de repor os nutrientes que são exportados em forma de frutos.
- Adubação de plantio: colocação de fertilizantes minerais e orgânicos nas covas e misturados na terra, antes de fazer o transplantio das mudas.
- Adubação de crescimento: aplicações de fertilizantes minerais no solo.
- Adubação de Produção: é colocado adubo na primeira poda de frutificação. Ou seja, nutrientes no solo e forma equilibrada, sempre respeitando as necessidades da vegetação.
- Roçagem: consiste na eliminação da vegetação existente. Esta prática pode ser executada manualmente ou com tratores.
- Destocamento: retirada dos tocos maiores para facilitar os trabalhos após a roçagem da vegetação. É feita com implementos mais pesados tracionados por tratores e eventualmente por animais.
- Roçada ou dessecamento: serviço de corte de mato rasteiro, semelhante à grama, ou maior, como os vários tipos de capim, bem como a poda de arbustos e pequenas árvores, com finalidade estética. A retirada varia de ano para ano e a retirada tem o objetivo de impedir o escoamento de águas pluviais, aumentando assim a possibilidade de ocorrerem alagamentos.
E aí, pronto pra “botar” a mão na massa, ou melhor, na terra? Até o próximo post, pessoal!
Fonte: www.embrapa.br
Tempo seco: um alerta para as queimadas
2015 começou com um verão atípico no Brasil. As altas temperaturas e o baixo índice de chuvas trazem o caos na agricultura. Com o clima seco e vegetação desidratada, o risco de queimadas aumenta e é preciso ficar atento. Nessa época, colher o que se planta é uma tarefa difícil. Mas a estação ainda causa outro risco, as queimadas. Uma queimada pode acontecer por diversos motivos, como o mau hábito dos fumantes de jogar ponta de cigarro acesa no chão, ou queimar o lixo, por exemplo. Calor, associado a pouca água e pastagem seca, não deixa dúvidas… É hora de ligar o “botão” de alerta!
Para o sargento da Polícia Ambiental Edson Lopes, a alta temperatura é motivo de muita preocupação. “Entre os meses de novembro a abril costuma chover e, assim, a vegetação fica úmida, o que dificulta os riscos de incêndios. Mas a natureza está mudando e talvez também tenhamos de mudar a nossa forma de lidar com ela”, afirma. Para conscientizar de que estamos falando de um problema sério, é necessário ter em mente a forma como as queimadas acontecem. O fogo retira todos os nutrientes da camada mais fértil da terra, atingindo grande parte da fauna e flora -além de poluir o ar.
Queimadas são ilegais
Existem dois tipos de fogos: as queimadas e os incêndios. Queimada é um tipo de fogo que o autor tem controle de todo o procedimento. Já o incêndio é aquele fogo que cresceu desordenadamente. “Queimada não é crime desde que o local seja permitido por lei e não cause danos à natureza. Se considerado crime, o acusado é obrigado a recuperar os danos que foram causados no meio ambiente”, afirma o sargento Lopes.
Previncêndio
O Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais reúne moradores, produtores rurais, e Polícia Ambiental para evitar fogos durante todo o ano e em todas as regiões do Estado de Minas. O trabalho é executado pelo IEF em parceria com o Corpo de Bombeiros, a fim de evitar e combater riscos de incêndios antes mesmo que aconteça.
Enquanto a chuva não desce, é bom cada um fazer sua parte, não é mesmo? 😉
Calendário Agrícola
Agricultor, sabe exatamente a melhor época do ano para plantar? Sabemos que o clima é um dos fatores mais importante nas atividades agrícolas e que interfere diretamente no cultivo. Mas não é só ele quem dita um bom desenvolvimento à semente, a região e o mês em que se planta também. Toda semente tem o tempo ideal para se plantar, é o chamado: calendário agrícola, que marca as etapas do ano para a plantação de cada alimento, sempre ligado ao clima e a região. Pra você não errar e muito menos perder o período da safra, o blog da AG Minas organizou uma tabela que identifica o melhor mês para plantar e colher algumas frutas e legumes naturais de terras brasileiras. Vale a pena conferir!
REGIÃO SUDESTE
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Início do plantio | Cultivares | Colheita |
Todo o ano com boa irrigação | Banana | 1 ano após |
Fevereiro | Cebola | 120 a 180 dias após |
Março | Alho | 150 a 180 dias após |
Abril | Batata | 90 a 120 dias após |
Julho | Pêssego | Setembro a Outubro |
Julho | Uva | Outubro a Dezembro |
Agosto | Tomate | Abril a Outubro |
Setembro | Mamona | Janeiro a Junho |
Setembro | Mandioca | Março a Julho |
Setembro | Amendoim | Março a Dezembro |
Outubro | Algodão | Março a Julho |
Outubro | Cana-de-açucar | Abril a Setembro |
Outubro | Feijão | Janeiro a Abril |
Outubro | Milho | Janeiro a Julho |
REGIÃO NORDESTE
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Início do plantio | Cultivares | Colheita |
Início das chuvas | Cacau | Fevereiro a Maio |
Início das chuvas | Coco | 6 a 7 meses após |
Janeiro | Algodão | Julho a Dezembro |
Fevereiro | Mamona | Maio a Novembro |
Fevereiro | Manga | Janeiro a Dezembro |
Março | Amendoim | Maio a Agosto |
Março | Mandioca | Julho a Outubro |
Agosto | Fumo | Fevereiro a Dezembro |
Outubro | Feijão | Janeiro a Abril |
Outubro | Arroz | Janeiro a Abril |
Outubro | Soja | Fevereiro a Maio |
Outubro | Milho | Fevereiro a Junho |
Novembro | Cana-de-açúcar | Abril a Setembro |
Dezembro | Uva | Dezembro a Março |
CENTRO-OESTE
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Início do plantio | Cultivares | Colheita |
Fevereiro | Tomate | |
Setembro | Cana-de-açucar | Abril a Outubro |
Outubro | Mandioca | Abril a Dezembro |
Outubro | Soja | Março a Agosto |
Outubro | Milho | Janeiro a Maio |
Novembro | Algodão | Abril a Junho |
Novembro | Amendoim | Fevereiro a Junho |
REGIÃO NORTE
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Início do plantio | Cultivares | Colheita |
Início das chuvas | Coco | 6 a 7 meses após |
Todo o ano | Maracujá | 1 ano após |
Janeiro | Guaraná | Novembro a Dezembro |
Agosto | Milho | Dezembro a Junho |
Setembro | Mandioca | Março a Julho |
Outubro | Arroz | Novembro a Abril |
REGIÃO SUL
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Início do plantio | Cultivares | Colheita |
Abril | Erva Mate | Março a Agosto |
Abril | Aveia | Outubro a Dezembro |
Maio | Trigo | Setembro a Dezembro |
Junho | Ameixa | Setembro a Outubro |
Julho | Nectarina | Setembro a Outubro |
Julho | Uva | Outubro a Dezembro |
Julho | Pêssego | Setembro a Outubro |
Agosto | Feijão | Outubro a Março |
Agosto | Fumo | Dezembro a Fevereiro |
Agosto | Milho | Dezembro a Junho |
Agosto | Tomate | Abril a Outubro |
Setembro | Amendoim | Janeiro a Abril |
Setembro | Arroz | Novembro a Abril |
Setembro | Café | Maio a Novembro |
Setembro | Soja | Janeiro a Maio |
Outubro | Cítricos | Dezembro a Março |
Dezembro | Maçã | Janeiro a Abril |
Fonte: Embrapa e Centro de produção e técnicas – CPT.
Sorria! É tempo de chuva
Pouco tempo atrás fizemos um post sobre a chuva, ou melhor, a falta dela. Falamos também do clima seco, que era e ainda é a nossa maior preocupação. É que sem a água da chuva não da para viver e muito menos plantar, certo?
Mas agora o papo é outro, o céu está nublado e tudo mudou. Vai ter chuva! Pelo menos é o que esperam os agricultores como o senhor Caiser Teixeira que mora na fazenda El Dourado, a 15km de Governador Valadares, no distrito de Era Nova. Ele conta que por lá já está tudo em ordem para a chegada da chuva, as sementes estão no ponto e tudo quase verdinho. Para ele duas chuvinhas resolvem o problema.
“Por aqui está tudo preparado, tudo plantado só falta chover. Pra mim uma chuvinha ou duas, quem sabe, já é o suficiente pra encher a plantação”, comenta.
Mas desde então, a pergunta é uma só: vai chover muito ou pouco? Para o agricultor a expectativa ainda é pouca apesar da chuva já ter dado o alarme.
“Passamos a maioria do ano em tempo seco. Eu espero a chuva como todos os outros por aqui, mas acredito que deve chover pouco, devido ao tempo seco mesmo”.
De acordo com o Clima Tempo, empresa brasileira de meteorologia, uma frente fria espalha nuvens por toda Minas Gerais, provocando chuva somente no norte do estado. Apesar do céu nublado, na região Leste a chuva vai demorar um pouquinho. Mas há motivo para desespero. Em Governador Valadares, por exemplo, pode chover cerca de 2,1 a 5 milímetros de chuva no final do mês.
Mesmo uma chuvinha ou outra já é motivo de alegria para a plantação, que tanto esperou por este momento. Fim de ano é assim mesmo, chove até Janeiro. É hora de dar frutos! Esse tempo seco não vai atrapalhar a nossa plantação. Afinal, os índios deram conta do recado, não é mesmo? A dança da chuva deu certo.
Previna-se contra as pragas
No calor é sempre preocupante o risco de queimadas nas plantações. Mas um problema antigo também tem chamado a atenção: o risco de pragas e doenças nas lavouras. No inverno é mais difícil encontrar pragas nas plantações, mas no tempo seco, é bem mais fácil a proliferação dos insetos.
As principais causas deste problema são organismos como vírus, bactérias e fungos que podem cruzar as fronteiras, causando doenças e danos às criações. Na verdade, o perigo vem de muito tempo, desde o descobrimento do Brasil, quando os colonizadores começaram a trazer de outras terras o gado, mudas de plantas, sementes. Trouxeram contudo, a ameaça das primeiras pragas e doenças.
A contaminação pode ocorrer por migração natural, viajando com plantas e animais por terra, águas e pelo ar, saltando de uma lavoura para outra. Outra forma de infecção é a introdução acidental, através de pequenas coisas que passam desapercebidas, como uma semente esquecida no bolso, um carrapicho grudado na roupa ou um pouco de lama e esterco preso no solado da bota. Por fim, há a introdução intencional, num ato de agroterrorismo.
Porém, a prevenção não é nada fácil e quem controla tudo isso com muito cuidado é o Serviço de Defesa Agrícola, que atua monitorando tais riscos e organizando ações de controle. A primeira forma de detectar o problema é a quarentena, em que confina todo material importado para agricultura por tempo necessário para que alguma praga ou doença dê sinal de vida e, a partir daí, começa a entrar em ação.
Solução: melhoramento preventivo
Uma das estratégias é o melhoramento preventivo, ou seja, desenvolver plantas e animais resistentes a essas pragas e doenças, antes que o problema se instale. Com parcerias entre órgãos de defesa agropecuária e de pesquisa, empresas privadas e associações de produtores, tanto no Brasil como no exterior, o país tem desenvolvido plantas resistentes a doenças devastadoras, como o crestamento bacteriano do arroz, a mancha vermelha da-folha-de-soja e o crestamento bacteriano-aureolado do feijoeiro, que ainda não chegaram aqui.
O melhoramento preventivo interessa a todos, até consumidores, pois os impactos refletem nos preços dos alimentos e, é claro, no meio ambiente também.
A falta de chuva prejudica homem do campo
Tempo seco é sinal de calor, muito calor. E a alta temperatura que sentimos no decorrer do dia, vem do período de estiagem que estamos vivendo. O fato é que não tem chovido e, essa falta de chuva, vai muito além. A chuva não tem chegado nem mesmo ao campo, o que prejudica a pastagem e a produção dos nossos alimentos. Na zona rural, o pouco que caiu na região não foi o suficiente para encher açudes e aguadas. Tudo está completamente seco.
No pasto, o gado já não encontra água, muito menos comida com fartura para se alimentar. Nas propriedades, os pequenos agricultores tinham esperança de lucrar com a produção de algumas frutas, mas a irregularidade da chuva frustrou a expectativa. A esperança agora é aguardar a mudança de tempo para que o milho e o feijão possam ser plantados.
Ainda não há dados consolidados sobre o estrago que a falta de chuvas combinada com altas temperaturas têm provocado no campo. Mas produtores de grãos, verduras, café, laranja e pecuaristas estão apreensivos em relação às possíveis perdas. A consequência disso é o aumento de preços dos produtos, um dos maiores reflexos da escassez dos últimos tempos.
Mas uma coisa é certa, os produtores colheram bem menos da plantação de frutas e cereais, mas mesmo assim, os frutos que vingaram não se desenvolveram. Eles estão pequenos demais e a qualidade, muito abaixo do esperado.
Safrinha de soja
Após a caída de preço do cereal no ano passado, os produtores rurais resolveram investir na “safrinha de soja“. A prática da segunda safra, ou safrinha com soja, que já é adotada com mais intensidade no Mato Grosso, em São Paulo e no Paraná. A questão é: os produtores estão abrindo mão da rotação de culturas. Ou seja, uma técnica recomendada para reduzir a proliferação de doenças e, claro, a melhoria do solo. Depois desse processo, o grão volta a ser semeado, logo após a colheita da própria soja. Melhor dizendo, uma plantação por cima da outra. Apesar das cotações mais altas do que as cotações do milho, os agricultores relatam um aumento expressivo nos custos de produção, em função do ataque de pragas e doenças nas plantações. Isso dificulta ainda mais o aparecimento dos resultados.
Na verdade não existe outra saída. Previsão de chuva não temos. O jeito é esperar a água que vem de tão longe para nos molhar. Só assim será possível plantar.
Enquanto isso, procura-se índios especializados em fazer a dança da chuva!